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Uma das civilizações mais antigas da humanidade, o Egito até hoje é palco de diversas descobertas arqueológicas que revelam mais do ado; confira!
Publicado em 07/06/2025, às 09h00
Uma das mais antigas e influentes civilizações da história da humanidade, a civilização egípcia possui raízes que remontam desde antes de 4.000 a.C., com origem na região do Crescente Fértil, no extremo nordeste do continente africano, marcado pela existência de vastos desertos e pela planície do rio Nilo — fundamental para seu desenvolvimento.
E com uma história tão antiga e duradoura, certamente os egípcios também foram responsáveis por muitos feitos, que vão desde avanços na ciência e na agricultura, até a construção de obras monumentais. Destaque vai para o desenvolvimento de sistemas de irrigação e agricultura, fundamentais para a prosperidade da sociedade, até avanços em matemática, medicina, astronomia, e até arquitetura e engenharia, com as pirâmides — que, vale mencionar, são basicamente sepulturas colossais de faraós.
Isso tudo sem mencionar que eles tinham uma complexa religião com um panteão de vários deuses e rituais, além de terem estabelecido as bases para o processo de mumificação, crucial em sua crença da vida pós-morte. Inclusive, os faraós, líderes máximos do Egito Antigo, eram considerados basicamente membros de uma linhagem com relação direta à reencarnação do deus Hórus.
Com isso, não surpreende que até hoje, milênios após sua existência, vários estudos na região continuem revelando novas descobertas e detalhes sobre o Egito Antigo. Confira a seguir 5 descobertas arqueológicas impressionantes que nos revelaram mais sobre a antiga civilização egípcia:
Como já mencionado, os avanços na agricultura foram fundamentais para o estabelecimento e desenvolvimento da civilização egípcia. Nessa época, as culturas mais comuns eram de cereais como cevada, trigo, farro, espelta, painço e sorgo, que eram utilizados para fazer pães, além de alguns vegetais e ervas nativos da região, ovos, leite, cerveja e carne de animais locais.
Os faraós, no entanto, tinham mais o aos melhores ingredientes, e até àqueles mais raros, que os camponeses dificilmente poderiam comer. Entre eles, estavam o vinho, algumas frutas menos comuns, como romã, figo, tamarindo e tâmaras, além de até mesmo carne bovina — especialmente cara, naquela época.
No começo deste ano, as autoridades do Egito divulgaram a descoberta impressionante do túmulo de um antigo faraó da Décima Oitava Dinastia (que reinou entre 1550 a.C. e 1292 a.C.), que permaneceu praticamente intocado por milênios: Tutmés II. A tumba foi localizada por cientistas egípcios e britânicos em 2022, e desde então eram feitos estudos para confirmar seu ocupante original.
Infelizmente, o estado de conservação do túmulo não era dos melhores, devido a uma inundação que sofreu pouco após a morte do faraó. Ainda assim, essa é uma das descobertas mais importantes da história recente do Egito, e os pesquisadores continuam buscando por conteúdos da tumba que podem ter sido movidos, com o objetivo de entender mais sobre a herança da região e do reinado de Tutmés II.
Entre os animais domésticos mais comuns de se encontrar pelo mundo, atualmente, estão os gatos. E um estudo recente pontua que, provavelmente, a domesticação destes felinos começou ainda entre os egípcios, que veneravam estes animais em alguns cultos há milênios — como à deusa Bastet, uma divindade associada à fertilidade e à saúde, e frequentemente retratada com uma cabeça de gato — e até mesmo os mumificavam.
O que os pesquisadores acreditam é que, a princípio, os felinos serviam como oferendas religiosas, o que criou uma demanda crescente por gatos. Com isso, surgiram "gatis" (como se fossem canis, mas para gatos), que fornecia suprimento constante destes animais. Com o tempo, algumas pessoas provavelmente acabaram se aproximando dos felinos, criando relacionamentos próximos e ando a permitir que eles habitassem seus lares.
Embora quase sempre associemos os egípcios a uma civilização gloriosa, que floresceu em meio ao deserto, tudo isso também só foi sustentado por seu lado sombrio: a utilização de escravos na exploração de ouro durante a dinastia ptolomaica. Recentemente, foram descobertas em uma antiga mina de ouro algemas de ferro para tornozelos, que revelam mais sobre como era o trabalho forçado e a escravidão nestes locais, que financiavam as campanhas militares de Ptolomeu I.
Um conjunto de algemas consistia em sete anéis de tornozelo e dois elos, e outro de quatro elos e dois fragmentos de anéis de tornozelo. Com isso, além de análises de óstracos (fragmentos de cerâmica utilizados como "papel de rascunho") encontrados no local, foi apontado que, embora alguns trabalhadores recebessem salários, o trabalho forçado e a escravidão ainda eram uma realidade.
Provavelmente a descoberta arqueológica mais famosa já feita no Egito ocorreu em 1922, há mais de um século, quando o arqueólogo e egiptólogo britânico Howard Carter encontrou a tumba de Tutancâmon. Ao contrário de Tutmés II, esta é uma das tumbas de faraó mais preservadas já encontradas, sendo associada ao conhecido como "faraó menino", que morreu bastante jovem, com entre 19 e 20 anos.
Mas existe um grande mistério em torno da figura de Tutancâmon: no local, foi encontrado um sarcófago que abriga a múmia do jovem faraó, mas cuja máscara mortuária que o estampa ainda é motivo de muita discussão. Isso porque, na máscara, as orelhas são representadas furadas, com brincos, o que é uma característica associada especificamente a mulheres e crianças.
Embora ainda não tenham certeza, pesquisadores teorizam que a máscara pode ter sido reaproveitada de outra pessoa — visto que a morte de Tutancâmon foi inesperada —, com alguns acreditando que possa representar, na verdade, a rainha Nefertiti, madrasta do jovem faraó.