{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/ra-tem-coaxo-registrado-pela-primeira-vez-em-161-anos.phtml" }, "headline": "Rã tem coaxo registrado pela primeira vez em 161 anos", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/ra-tem-coaxo-registrado-pela-primeira-vez-em-161-anos.phtml", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fs%2Fcuriosidades%2Fracapa.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2023-03-02T15:13:00-03:00", "datePublished": "2023-03-02T15:13:00-03:00", "dateModified": "2023-03-02T15:13:00-03:00", "author": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/static/logo/ah.svg", "width":"120", "height":"60" } }, "articleSection": "Not\u00edcias", "description": "A espécie, exclusiva da Mata Atlântica, é conhecida desde 1862, mas sua vocalização ainda não havia sido registrada" }
A espécie, exclusiva da Mata Atlântica, é conhecida desde 1862, mas sua vocalização ainda não havia sido registrada
O coaxo da rãzinha-verrucosa (Ischnocnema verrucosa) foi registrado pela primeira vez em 161 anos. O anfíbio é exclusivo da Mata Atlântica, sendo comum no Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.
Apesar de ser conhecida desde 1862, a vocalização da espécie nunca havia sido registrada antes. O coaxo do anfíbio foi finalmente descrito em um estudo publicado nesta quarta-feira, 19, na revista britânica The Herpetological Bulletin.
O som emitido pela rã foi ouvido pela primeira, por cientistas, em 2019. Machos da rãzinha-verrucosa foram ouvidos por uma equipe do Projeto Bromélias — realizado em parceria pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e pelo Instituto Marcos Daniel (IMD).
A situação ocorreu na cidade de Santa Teresa, região serrana do Espírito Santo. Ainda segundo a fonte, de acordo com João Victor Lacerda, pesquisador do INMA e um dos autores do artigo, para a proteção e conservação de uma espécie, é necessário conhecer seu canto.
Ele revelou que os anfíbios costumam se comunicar pelo canto e que cada espécie possui o seu som próprio. Com isso, a necessidade de ver a espécie diretamente para saber que ocorre em certa região, não é mais necessária.
Para diferenciar os cantos, os pesquisadores recorrem a softwares capazes de identificar a frequência do ruído em hertz (Hz). Além de, sua duração em milissegundos, a variação de intensidade e a estruturação do som como um todo. Os valores são analisados, apresentados em tabelas e gráficos e comparados ao de outras espécies.
O anfíbio de nome rãzinha-verrucosa vive no chão de florestas, escondido entre folhas, sob troncos, raízes e também pequenas tocas. A pequena rã é comum em algumas áreas isoladas do Espírito Santo, regiões leste de Minas Gerais e sul da Bahia.
As fêmeas de rãzinha-verrucosa depositam seus ovos no chão da mata em áreas umedecidas. Desses ovos, segundo Lacerda, não eclodem girinos nadadores, e sim, filhotes com o formato semelhante já ao dos adultos.
Na maioria das espécies o macho adulto é quem costuma coaxar. Os sons entre as espécies variam, como repercutido pela Galileu.
“Algumas cantam bem baixinho, outras podem ser ouvidos a centenas de metros de distância”, explicou Lacerda. “Algumas cantam assoviando, outras 'trinam' feito grilos e cigarras... e por aí vai".
“Comumente, os machos cantam em contexto reprodutivo para atrair fêmeas ou delimitar seu território em relação a outros machos”.