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26 espécies nunca antes vistas de bactérias "extremófilas" foram identificadas em laboratório altamente controlado da NASA
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 21/05/2025, às 14h30 - Atualizado em 28/05/2025, às 18h51
Um estudo recente revelou uma descoberta inusitada em uma das áreas mais controladas da NASA: várias espécies inéditas de bactérias extremófilas foram identificadas em uma sala limpa utilizada para preparar o módulo de pouso Phoenix Mars, enviado ao Planeta Vermelho em 2007.
As amostras, coletadas antes, durante e depois da permanência do módulo na sala, localizada no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, revelaram o DNA de 26 espécies de bactérias nunca antes descritas. Essas formas de vida microscópicas se mostraram altamente resistentes a condições extremas, como temperaturas extremas, radiação intensa e até mesmo o vácuo do espaço, segundo artigo publicado na revista Microbiome.
Salas limpas são ambientes altamente esterilizados, pressurizados e monitorados para evitar qualquer tipo de contaminação biológica nas naves e no espaço. No entanto, o estudo mostra que, mesmo com protocolos rigorosos — como uso de roupas especiais e banhos de ar —, a presença de microrganismos resistentes é praticamente inevitável.
"Nosso estudo teve como objetivo compreender o risco de extremófilos serem transferidos em missões espaciais e identificar quais microrganismos podem sobreviver às condições adversas do espaço", explicou Alexandre Rosado, microbiologista da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita.
De acordo com o 'Live Science', apesar da presença das bactérias, não há evidência de que o módulo Phoenix — que chegou a Marte em 25 de maio de 2008 e operou por 161 dias — tenha contaminado o planeta. A descoberta, no entanto, reforça a importância de protocolos de proteção planetária e da busca por formas de vida que possam sobreviver além da Terra.
Segundo os pesquisadores, essas bactérias podem oferecer pistas importantes sobre como seria a vida em outros planetas e têm potencial de revolucionar áreas como medicina, conservação de alimentos e engenharia biológica.
"Estamos desvendando os mistérios dos micróbios que resistem às condições extremas do espaço — organismos com o potencial de revolucionar as ciências da vida, a bioengenharia e a exploração interplanetária", concluiu Kasthuri Venkateswaran, cientista sênior aposentado do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e coautor do estudo.