Oscar Jenkins foi considerado mercenário por tribunal em região ocupada do leste da Ucrânia; caso reacende tensões entre Moscou e Camberra
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 16/05/2025, às 15h00
A Rússia condenou, nesta sexta-feira, 16, o cidadão australiano Oscar Jenkins, de 33 anos, a 13 anos de prisão em regime de segurança máxima, acusando-o de atuar como mercenário ao lado das forças armadas ucranianas. A sentença foi proferida por um tribunal localizado em uma região do leste da Ucrânia sob controle russo.
Segundo comunicado dos promotores, Jenkins foi considerado culpado de "participar de um conflito armado como mercenário", com envolvimento direto em combates contra tropas russas entre março e dezembro de 2024. A pena deverá ser cumprida em colônia penal de segurança máxima.
Oscar, que trabalhava como professor em Melbourne, foi capturado pelas forças russas enquanto servia voluntariamente com o exército ucraniano, segundo informações divulgadas pela imprensa australiana no ano ado.
O caso já havia causado repercussão internacional em janeiro, quando a Austrália convocou o embaixador russo após a divulgação de notícias falsas, que afirmavam que Jenkins havia sido executado após sua captura. A informação, posteriormente desmentida, gerou indignação do governo australiano.
Segundo a CNN, a condenação promete reacender o embate diplomático entre Camberra e Moscou, num momento já delicado das relações internacionais, em meio à guerra em curso na Ucrânia.
Até o momento, o governo australiano não se pronunciou oficialmente sobre a sentença, mas é esperado que reforce a defesa consular do cidadão e pressione por garantias quanto ao seu tratamento durante a detenção.
