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Curiosidades / Maria Bonita

Rainha do cangaço: confira 5 curiosidades sobre Maria Bonita

Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, entrou para a história como uma das figuras mais famosas do cangaço

Redação Publicado em 28/09/2020, às 19h05 - Atualizado em 02/04/2025, às 19h14

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A cangaceira Maria Bonita no ano de 1936 - Domínio público/Benjamin Abrahão Botto
A cangaceira Maria Bonita no ano de 1936 - Domínio público/Benjamin Abrahão Botto

Maria Bonita, um dos nomes mais icônicos da história do cangaço, se destacava por sua personalidade forte, temperamento bem-humorado e atitudes ousadas para a época. Contudo, sua trajetória revela uma figura complexa e multifacetada.

Essa complexidade é abordada pela jornalista Adriana Negreiros no livro "Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço", que apresenta o cotidiano do cangaço sob a perspectiva das mulheres, destacando suas vivências e histórias ao lado de Lampião e seus companheiros. A seguir, confira cinco curiosidades sobre essa histórica personalidade:

1. Era casada

Nascida Maria Gomes de Oliveira (1910–1938), a jovem também conhecida como Maria de Déa era casada quando conheceu Lampião em 1929 e, no ano seguinte, decidiu juntar-se ao bando.

Em entrevista à BBC, em 2018, a pesquisadora apontou que a decisão foi motivada pela atração que sentia por Lampião, que era visto como um “astro” e figura de poder, além da perspectiva de uma vida menos monótona do que a que levava em seu casamento.

Negreiros destaca ainda que Maria Bonita foi a primeira mulher a integrar o grupo — e por vontade própria.

"Era uma mulher casada, de quem se esperava obediência ao marido. O Código Civil da época previa isso - a mulher precisava de autorização do marido para trabalhar. No entanto, ela era muito infeliz no casamento. O marido era um fanfarrão, não era presente, nem muito viril. Ela se sentia sexualmente insatisfeita com ele. Há indícios de que ela tinha um amante", destacou a autora do livro ao veículo em 2018.

"Quando ficava de saco cheio do marido, não ia chorar pelos cantos, ia para o forró, dançar. Tinha uma personalidade mais espevitada mesmo. Ela era transgressora do ponto de vista do comportamento, era corajosa nesse aspecto", pontuou.

Lampião e Maria Bonita junto a outros cangaceiros / Crédito: Domínio Público/Benjamin Abrahão Botto

2. Morte e decapitação

Em 1938, Maria Bonita foi morta com Lampião e outros cangaceiros durante um ataque das forças de segurança ao acampamento onde estavam. Ela foi decapitada e sua cabeça foi exposta na Prefeitura de Piranhas (AL) como símbolo de triunfo contra o cangaço.


3. O mito da guerreira

Embora muitas vezes considerada uma mulher que empunhava armas e lutava ao lado dos cangaceiros, a realidade era diferente. A pesquisadora destaca que, na verdade, as cangaceiras desempenhavam principalmente funções domésticas dentro do grupo, enquanto os homens eram os protagonistas dos combates. Na realidade, nem todas sabiam manejar armas.


4. Comportamento transgressor

Maria Bonita destoava das mulheres de sua época. No sertão dos anos 1920, ela desafiava expectativas ao abandonar o marido e se envolver com Lampião. De personalidade extrovertida e desinibida, gostava de festas e danças, falava alto e não se importava com as críticas, mostrando um espírito livre que impressionava e chocava ao mesmo tempo.

Maria bonita acompanhada de cães / Crédito: Domínio público/Desconhecido

5. Ícone feminista?

Mas, apesar de suas atitudes ousadas, para Adriana Negreiros, Maria Bonita não pode ser considerada um ícone feminista. Segundo a escritora, a cangaceira não tinha consciência política ou de gênero e não se incomodava com a opressão sofrida por outras mulheres. Em algumas situações, inclusive, apoiava punições violentas contra aquelas que infringiam as regras do bando.

Assim, embora tenha se tornado uma figura marcante na cultura popular brasileira, Maria Bonita continua a ser uma personagem complexa e contraditória, dividida entre seu espírito de liberdade e a submissão às regras rígidas do cangaço.