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Após o fracasso em 1966 e a implementação do AI-5, militarem usaram o Copa de 70 como ferramenta política
Publicado em 24/11/2022, às 10h11 - Atualizado em 29/12/2022, às 16h34
A década de 1960 foi marcada por episódios distintos para o brasileiro. Em 1962, o futebol verde-amarelo viu a estrela de Garrincha brilhar e a Seleção conquistar o bicampeonato mundial — apesar de a lesão de Pelé deixá-lo de fora de grande parte do torneio.
Não muito depois, entre os dias 31 de maio e 1º de abril de 1964, os militares deram um Golpe de Estado e depam o presidente João Goulart. Iniciavam-se ali os 21 anos de privações dos direitos humanos, autoritarismo, perseguições, torturas e a falta da participação popular na política do país.
Para completar o cenário e a falta de motivos de celebração do povo, em 1966, a Seleção canarinha foi eliminada logo na primeira fase da Copa do Mundo. E mais: dois anos depois, em 13 de dezembro de 1968, a implementação do AI-5 trouxe tempos ainda mais sombrios para o cotidiano do país.
Não à toa, a próxima Copa do Mundo, que seria disputada no México, em 1970, poderia marcar um ponto de virada nesses dois cenários — pelo menos, com o esporte em alta, as decisões políticas poderiam ser deixadas para ‘segundo plano’. Ledo engano.
Quando o general Emílio Garrastazu Médici ascendeu ao poder, em outubro de 1969, a Seleção brasileira era comandada pelo jornalista João Saldanha, que, apesar da rasa experiência como técnico, havia feito uma Eliminatória impecável.
O grande problema, porém, é que Saldanha era um comunista convicto. Dois meses antes do Mundial, ele foi demitido do cargo, até que o ex-treinador deu depoimentos
afirmando ser sacado pelo governo, que não aceitava suas opiniões.
A militarização da Seleção ficou mais evidente após Cláudio Coutinho, um capitão do Exército, assumir o cargo de preparador físico. Com a escolha de Mário Jorge Lobo Zagallo para o comando técnico, o Brasil foi campeão de forma invicta, aplicando uma sonora goleada de 4x1 contra a Seleção italiana na final.
O título também sagrou Pelé, falecido nesta quinta-feira, 29, como o único tricampeão mundial como jogador de toda a história, marcando a redenção do Rei do Futebol, que teve participações discretas nas duas edições anteriores.