Transferência, considerada a maior já feita no país em decorrência do crime organizado, foi confirmada pelo diretor do local
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 22/05/2025, às 19h15
A escalada da violência no estado mexicano de Sinaloa forçou o fechamento de um importante santuário de animais silvestres e a realocação de mais de 700 animais para uma nova área segura.
A transferência, considerada a maior já feita no país em decorrência do crime organizado, foi confirmada à CNN por Ernesto Zazueta, diretor do Santuário Ostok, localizado em Culiacán.
A operação, realizada na última terça-feira, 20, envolveu a remoção de espécies como elefantes, tigres, leões, avestruzes, macacos, crocodilos, hipopótamos e até galinhas. Todos foram levados para o Bioparque El Encanto, situado em Mazatlán, no sul do estado, a 212 quilômetros de distância.
Segundo Zazueta, o aumento recente dos confrontos entre facções rivais do cartel de Sinaloa tornou insustentável a permanência do santuário em sua localização original.
Culiacán é hoje a área mais perigosa. Nunca enfrentamos esse tipo de problema antes, mas agora ficou quase impossível até chegar ao santuário”, afirmou o diretor em entrevista à CNN.
Além das ameaças diretas, Zazueta relatou tentativas constantes de extorsão por parte de grupos criminosos e roubos dentro da propriedade. “Praticamente fomos expulsos. Havia pessoas querendo nos extorquir”, disse ele à rede norte-americana.
A situação chegou ao limite quando uma das elefantas do santuário, chamada Viki, sofreu um problema na perna. Nenhum veterinário aceitou viajar até Culiacán por razões de segurança, o que deixou clara a necessidade urgente de mudança.
Com apoio de voluntários e organizações ligadas à proteção animal, a transferência foi realizada em condições difíceis, mas com sucesso. Agora, os animais vivem em um novo espaço, mais seguro e com estrutura para atendimento veterinário e cuidados permanentes.
