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Serviço secreto britânico mentiu em tribunais para proteger agente neonazista

Segundo uma investigação da BBC, o serviço secreto britânico (MI5) foi acusado de falso testemunho e de encobrir crimes de espião misógino

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 13/02/2025, às 16h40

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O agente X do serviço secreto britânico aterrorizava sua parceira com um facão - Reprodução
O agente X do serviço secreto britânico aterrorizava sua parceira com um facão - Reprodução

Uma investigação da BBC revelou que o MI5, o serviço secreto britânico, mentiu para três tribunais ao defender o tratamento dado a um agente secreto neonazista misógino, que atacou sua namorada com um facão. A alegação de sigilo foi usada como justificativa para encobrir as ações do agente, conhecido como Agente X.

O MI5 mentiu em uma ação judicial na qual o governo tentou impedir a BBC de noticiar os crimes do Agente X. O serviço secreto conseguiu proibir a divulgação do nome do agente, que é de nacionalidade estrangeira.

Posteriormente, o MI5 repetiu a mentira para um tribunal especializado, onde a mulher atacada com o facão, conhecida como Beth, buscava respostas sobre o tratamento dado ao agente. Por fim, a mentira foi repetida novamente em uma análise judicial, quando Beth questionou a decisão do tribunal especializado.

Um funcionário de alto escalão do MI5 declarou ter autorização legal para revelar o status de agente de X, o que contradiz a política oficial do serviço secreto de não confirmar nem negar a identidade de seus agentes. O diretor-geral do MI5, Ken McCallum, chegou a telefonar para o diretor-geral da BBC, questionando a precisão da reportagem original sobre o Agente X, o que se provou falso.

"Erro grave"

O MI5, numa atitude inédita, divulgou um pedido formal de desculpas à BBC e aos três tribunais envolvidos. No comunicado, o serviço secreto reconheceu o ocorrido como um "erro grave", assumindo total responsabilidade pela situação.

McCallum, está sob pressão para explicar seu conhecimento sobre o caso, especialmente após a alegação de um funcionário de que tinha autorização legal para revelar o status de agente de X. Essa situação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das provas apresentadas pelo MI5 à justiça e a validade de sua política de sigilo.

Para que os agentes "continuem a nos proteger, precisamos proteger a eles e às suas identidades contra todos aqueles que os prejudicariam", afirmou Ken, em uma declaração. "O uso de agentes é um trabalho humano difícil, regido pela legislação e rigidamente fiscalizado".

Preocupação

A advogada de Beth, Kate Ellis, do Centro pela Justiça das Mulheres, expressou preocupação com a transparência do MI5: "Acho que isso traz preocupações reais com a transparência do MI5, se podemos confiar nas evidências do MI5 apresentadas à justiça", declarou à BBC.

A mentira do MI5 veio à tona após a BBC solicitar ao Supremo Tribunal a divulgação das evidências falsas, apresentadas em depoimento por um alto funcionário do serviço secreto, conhecido como Testemunha A.

Em seu depoimento, a Testemunha A afirmou que o MI5 manteve sua política de não confirmar nem negar a identidade de seus agentes (NCND, na sigla em inglês) e que o serviço secreto forneceu informações falsas sobre os contatos telefônicos entre um funcionário do MI5 e a BBC.

Yvette Cooper, secretária para Assuntos Internos do Reino Unido, nomeou Jonathan Jones, ex-chefe do serviço jurídico do governo, como "revisor externo independente" do caso. Ele investigará como o MI5 forneceu evidências falsas no tribunal.

O MI5 declarou que está conduzindo uma investigação interna sobre as evidências falsas, o que pode resultar em ações disciplinares. A BBC questiona a falta de explicações do MI5 e pede medidas para garantir a investigação da "séria violação" e a divulgação dos resultados.