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Notícias / Paleontologia

'Monstro marinho': fêmea que morreu há 131 milhões de anos estava grávida de gêmeos

Réptil marinho que viveu durante o período Cretáceo foi apelidado de Fiona; segundo pesquisadores, o animal era semelhante a um golfinho

por Giovanna Gomes
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Publicado em 04/04/2025, às 13h24

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Representação artística do ictiossauro encontrado - Divulgação/Instagram/@mauricio_alcarez_art
Representação artística do ictiossauro encontrado - Divulgação/Instagram/@mauricio_alcarez_art

Uma equipe de paleontólogos descobriu recentemente que uma fêmea de ictiossauro, cujos restos fossilizados foram encontrados há 16 anos no Chile, estava grávida de gêmeos quando morreu. O fóssil, apelidado de "Fiona", só foi totalmente escavado em 2022, e o segundo feto foi identificado recentemente por meio de tomografia computadorizada.

O exemplar, cientificamente conhecido como Myobradypterygius hauthali, viveu há cerca de 131 milhões de anos e media aproximadamente 3,5 metros de comprimento. Trata-se do terceiro caso conhecido de um ictiossauro gestante do período Cretáceo, conforme detalhado em um estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology no dia 25 de fevereiro.

De acordo com o portal Galileu, os ictiossauros eram répteis marinhos que se assemelhavam a golfinhos e podiam atingir até dois metros de comprimento. Eles habitaram os mares desde o início do Triássico Inferior, há cerca de 250 milhões de anos, muito antes da extinção dos dinossauros, que ocorreu há aproximadamente 60 milhões de anos.

O segundo feto de "Fiona" apresenta vértebras com cerca de 1,5 centímetro de altura, enquanto as da mãe mediam 1,5 metro. A preservação excepcional do fóssil se deu graças ao rápido soterramento da carcaça em sedimentos marinhos, onde a falta de oxigênio evitou a ação de necrófagos.

Curiosamente, a posição do feto indica que o nascimento dos filhotes não acontecia a partir da cabeça. Na verdade, a cauda saía primeiro. Além disso, restos de pequenos peixes foram encontrados junto ao fóssil, sugerindo a última refeição de "Fiona".

Paleopatologia

Outra descoberta relevante foi a identificação de uma paleopatologia rara em uma das nadadeiras dianteiras do ictiossauro adulto, provavelmente causada por uma lesão durante a natação.

"Paleopatologias em ictiossauros do Cretáceo são extremamente raras, então esta descoberta é de grande valor para entender a saúde e a fisiologia desses répteis marinhos", afirmou Judith Pardo-Pérez, paleontóloga da Universidade de Magallanes, no Chile, e principal responsável pela descoberta.

Pardo-Pérez também comentou o achado em seu perfil no Instagram, destacando que o estudo deste fóssil e de outros encontrados na geleira de Tyndall permitirá explorar a diversidade, disparidade e paleobiologia dos ictiossauros da margem sul de Gondwana.

Entre 550 milhões e 100 milhões de anos atrás, o supercontinente Gondwana abrigava grande parte das terras do hemisfério sul. A geleira de Tyndall, onde o fóssil foi encontrado, está localizada na Patagônia, no sul do Chile, e faz parte de um conjunto de grandes geleiras da região.

+ Confira aqui o estudo completo.