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Notícias / Arqueologia

Mapa estelar chinês de 2.300 anos pode ser o mais antigo de todos os tempos

Datado de cerca de 355 a.C., Manual Estelar do Mestre Shi, descoberto na China, pode ser o catálogo estelar mais antigo já descoberto em todo o mundo

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 19/05/2025, às 10h57

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Mapa de Dunhuang, antigo mapa estelar chinês (diferente do recém-estudado) - Domínio Público
Mapa de Dunhuang, antigo mapa estelar chinês (diferente do recém-estudado) - Domínio Público

Um novo estudo reacendeu o debate sobre as origens do mapa estelar mais antigo do mundo, apontando a possibilidade de um antigo manuscrito chinês, o Manual Estelar do Mestre Shi, na vanguarda da história astronômica mundial. Pesquisadores dos Observatórios Astronômicos Nacionais da China dataram o manuscrito em cerca de 355 a.C., sendo assim mais de dois séculos mais antigo do que se pensava anteriormente.

O estudo, que agora está em revisão pela Research in Astronomy and Astrophysics, aplicou um método de visão computacional a imagens digitais do manuscrito, o que possibilitou que os pesquisadores comparassem as posições das estrelas no catálogo às coordenadas astronômicas atuais, considerando inclusive as distorções decorrentes da precessão axial da Terra e imprecisões posicionais de registros antigos.

O criador do mapa em questão é o proeminente astrônomo chinês Shi Shen, do período dos Reinos Combatentes. O Manual Estelar do Mestre Shi já intriga historiadores há muito tempo, devido às discrepâncias na posição das estrelas, que parecem se estender por séculos.

O estudo, porém, classifica essas inconsistências não como erros de observação, mas sim como uma série de atualizações periódicas. O catálogo, segundo o estudo, teve origem no século 4 a.C., com uma série abrangente de atualizações sendo feitas em torno de 125 d.C. — possivelmente na época do mandato de Zhang Heng, famoso astrônomo da etnia Han Oriental.

Zhang Heng, inclusive, supervisionou observações astronômicas sistemáticas e possivelmente incorporou novos dados ao catálogo. Com isso, o manuscrito é, na verdade, uma composição de duas eras distintas — do século 4 a.C. e do século 2 d.C. —, o que explica a distribuição temporal das posições das estrelas.

Porém, conforme repercute o Archaeology News, a nova descoberta ainda divide opiniões no meio acadêmico, mas sua importância é amplamente aceita. O texto chinês, dessa forma, é anterior ao Catálogo Estelar de Hiparco (de 130 a.C.), que por muito tempo foi considerado o registro celeste mais antigo de toda a tradição ocidental.

Vale mencionar que ainda existem fontes mais antigas, como registros babilônicos do século 8 a.C. que descrevem as posições das estrelas, mas não contam com mapeamentos gráficos e layouts organizados como o Manual Estelar do Mestre Shi, que contém mais de 120 constelações e um arranjo do céu noturno.

Significado cultural

Para além da importância científica, a nova descoberta também possui grande significado cultural para os chineses, visto que, por muitas décadas, as antigas conquistas chinesas em astronomia foram subestimadas por estudiosos ocidentais. Com isso, confirma-se agora a contribuição fundamental da China para a humanidade, na busca pelo conhecimento sobre o universo.

Ainda restam muitos debates sobre os detalhes da datação, mas o Manual Estelar do Mestre Shi é, inegavelmente, um testemunho da importância das conquistas científicas chinesas do ado.