Nesta semana, Tribunal Superior do Condado de Los Angeles reduziu as sentenças dos irmãos Menendez, mas, e agora? Entenda os cenários!
Após mais de 30 anos presos pelos assassinatos brutais de seus próprios pais, em 1989, Erik e Lyle Menendez podem ser soltos nas próximas semanas. Afinal, na última teça-feira, 13, o Tribunal Superior do Condado de Los Angeles reduziu as sentenças dos irmãos Menendez de "perpétua sem liberdade condicional" para pelo menos 50 anos de prisão.
Isso significa que Lyle e Erik Menendez, agora com 57 e 54 anos, agora estão qualificados para a liberdade condicional. Para isso, existem alguns cenários possíveis. Entenda a situação dos irmãos Menendez!
Qualificados para liberdade condicional, Erik e Lyle Menendez estão com a liberdade nas mãos do conselho estadual de liberdade condicional e do governador Gavin Newsom — que já havia instruído a revisão do caso como parte de uma petição de clemência separada.
Assim, o conselho já está revisando o tempo em que eles estiveram na prisão, como também analisando suas avaliações psicológicas. Inicialmente, uma audiência final está agendada para junho; quando o conselho deve fazer uma recomendação ao gabinete de Newsom.
Conforme aponta matéria do NY Post, existem dois caminhos para a liberdade: o primeiro é com o conselho concedendo liberdade condicional; o segundo é com o conselho negando a liberdade, mas com Newsom concedendo clemência mesmo assim.
Existe ainda um cenário mais indesejado para os irmãos Menendez, onde o conselho concede liberdade condicional, mas com Newsom anulando a decisão e os mantendo presos.
Para considerar o pedido de liberdade condicional para alguém, o conselho avalia alguns pontos: um deles é se a pessoa em questão representa um risco para a sociedade e se possui algum "conhecimento" de seus crimes — ou seja, se possui "remorso e compreensão da natureza e magnitude da infração".
Ainda de acordo com o NY Post, a situação de Erik e Lyle já possui uma prévia das conclusões do conselho, que enviaram uma avaliação preliminar de risco ao promotor público de Los Angeles, Nathan Hochman, que reou alguns dos resultados ao tribunal.
Aparentemente, Erik e Lyle Menendez não possuem antecedentes criminais impecáveis, como muitos acreditam. Erik, por exemplo, teria usado e distribuído drogas na cadeia, além de ter sido pego com um celular contrabandeado este ano.
Lyle, por sua vez, teria sido descrito como tendo um senso de direito e traços de personalidade narcisistas, aponta o relatório. Assim, a ficha criminal levou o conselho a ajustar suas avaliações de risco de "baixo risco" para "risco moderado".
Já em relação à "percepção" sobre seus crimes, Lyle e Erik itiram que matar seus pais foi errado e expressaram remorso por isso, mas alegaram que os assassinatos foram cometidos em legítima defesa após anos de abuso sexual que sofreram de seu pai, Jose Menendez, com a ajuda de sua mãe, Kitty Menendez.
Nos dois julgamentos que tiveram grande repercussão nos anos 1990, eles argumentaram acreditarem que seus pais iriam matá-los para esconder a verdade sobre os abusos — algo que eles mantêm até hoje.
Mas o promotor público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, acredita que a versão é uma "mentira descarada", alegando que os irmãos Menendez não têm nenhuma "percepção" verdadeira e estão apenas tentando enganar o conselho de liberdade condicional.
O caso dos irmãos conta com recomendações entusiasmadas de autoridades prisionais e de outros presos, além de anos de trabalho voluntário na prisão, incluindo um programa de cuidados paliativos para idosos e deficientes e um programa de espaços verdes no pátio da prisão.
