Cada vez mais próximo do Oscar, 'Emilia Pérez' segue um grande rival de 'Ainda Estou Aqui' nas premiações internacionais de cinema
Publicado em 08/02/2025, às 10h14
Neste começo de 2025, grande expectativa vem se criando para a temporada de premiações cinematográficas, em especial porque temos um representante brasileiro que vem chamando grande atenção internacionalmente e que, inclusive, é um forte candidato no Oscar: 'Ainda Estou Aqui'. No entanto, mais uma vez, o filme francês 'Emilia Pérez' também se mostrou um concorrente forte.
Isso porque na 30ª edição do Critics Choice Awards — uma importante premiação de cinema que serve como termômetro para o Oscar —, que ocorreu nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, o polêmico filme com Karla Sofía Gascón venceu o prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira, superando o novo trabalho de Walter Salles com Fernanda Torres, repercute a Rolling Stone Brasil.
Com isso, vem se criando cada vez mais expectativa para o Oscar entre os brasileiros. 'Ainda Estou Aqui' foi indicado em três categorias, sendo elas Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. Em todas essas categorias, também disputa 'Emilia Pérez' — indicado em 13 categorias —, com Gascón na categoria de Melhor Atriz.
Anteriormente, 'Emilia Pérez' já venceu 'Ainda Estou Aqui' na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira no Globo de Ouro. No entanto, após uma série de polêmicas envolvendo Karla Sofía Gascón e publicações controversas em redes sociais, além do próprio filme, que causaram grande rebuliço internacional, brasileiros ainda acreditam na possibilidade de o filme nacional vencer no Oscar, considerado como a mais importante premiação de cinema do mundo.
Entre as polêmicas, algo bastante destacado é a problemática em torno de 'Emilia Pérez', um filme francês ambientado no México e que é acusado de reforçar estereótipos e lucrar ao abordar, de forma inconsequente, uma das maiores crises humanitárias do mundo, do desaparecimento de pessoas do país.
Dirigido por Jacques Audiard, o filme também é criticado por pelo drama exagerado de sua narrativa, além de colocar um líder de cartel ando por uma cirurgia de redesignação de gênero e se tornando numa ativista de direitos humanos, como se essa nova identidade pudesse apagar os crimes cometidos anteriormente.
Isso tudo sem mencionar que, mais recentemente, internautas resgataram uma série de publicações controversas nas redes sociais de Karla Sofía Gascón, uma atriz espanhola, em que expressava opiniões sobre temas como islamismo, o caso de George Floyd e a própria premiação do Oscar.
Em uma das mensagens, a atriz questionava o aumento de muçulmanos na Espanha, demonstrando preocupação com a presença de mulheres vestindo véus e roupas tradicionais islâmicas. Ela também se referiu a George Floyd — um homem negro assassinado por um policial branco nos Estados Unidos —, em outra mensagem, como um "bandido viciado em drogas".
Além disso, ela também criticou o excesso de diversidade na cerimônia do Oscar 2021, escrevendo que o evento parecia mais um "festival afro-coreano" que uma premiação de cinema. "Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto, não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8M", publicou.
